Enquanto os índices de suicídio aterrorizam o Brasil (o último registro é de 7.987 mortes no ano de 2004), convivemos com pessoas públicas que fazem apologia a tal prática. Refiro-me a cantora Pitty, que em sua última música lançada “pulsos” aborda o tema suicídio de uma forma não ética. Ícones populares deveriam ter consciência sobre o que repassam ao público, no caso de Pitty esse público engloba predominantemente uma faixa etária de 10 a 15 anos, e torna-se ultrajante ouvir versos como “guarda os pulsos para o final, saída de emergência” proferido por crianças e adolescentes.
Temos um caso semelhante na mídia, a atual vereadora Soninha, quando trabalhava na rede Cultura, admitiu fumar maconha e foi punida por tal declaração, pois a prática é ilegal. O suicídio também é uma prática ilegal, porém a música da Pitty continuará tocando em rádios pelo Brasil, induzindo massas a cantar tal refrão.
Por outro lado, em 2006 foi lançado o projeto ComViver pelo Ministério da Saúde, que atende familiares e amigos de pessoas suicidas visando reduzir o impacto dos danos do suicídio numa população fragilizada. No momento estes são os esforços possíveis do Estado, pois, infelizmente, nesse caso, a liberdade de expressão joga contra.
Ouça a música "Pulsos" no MySpace, clicando aqui.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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