Hoje vi um desgraçado na rua. Com roupas amarelas em todo o corpo, botas de couro tingido de amarelo e o mesmo aconteceu com o cabelo. Andava como se a caxumba tivesse descido para os testículos e tinha uns óculos escuros que afinavam ainda mais o rosto. E dizia, ao chacoalhar um papel amassado com sua foto:
-Sim! Olha só! Eu quero participar do próximo Big Brother! – ou qualquer coisa do tipo.
Mais um BBB vem por aí. A intenção do precursor dos reality shows parecia boa. Com o nome baseado no sistema de vigilância do livro Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell. O programa seria uma maneira de analisar pessoas confinadas em uma casa. Notar comportamentos diversos, quase um trabalho antropológico.
Claro que não é o que acontece. Na versão real um marombeiro, um “humilde”, três mulheres servidas de físico invejável, uma gordinha deslocada, um homossexual, uma encrenqueira e outros estereótipos, sem esquecer do magrelo sem graça e inexpressivo, são amontoados em uma casa recheada de câmeras e todos os telespectadores ficam ansiosos para ver quem vai bolinar quem debaixo dos lençóis na noite que está por vir.
É ridículo, todo mundo sabe o final do show e o futuro dessas celebridades cometas. Programas de auditório decadentes, comerciais chinfrins e etc... Bom, se olharmos bem, vamos notar que de certa forma podemos analisar as pessoas por meio do Big Brother, mas não as de dentro da tv (isso é fácil), verificaremos e tiraremos conclusões á respeito dos humanos que dão audiência. Esse grande irmão não passa da porcaria de um Caim e quem quer um Hermano assim?
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Um comentário:
Eu acho que quando as dicotomias se divertem, os loucos deuses se divertem.....e dá-lhe alemão
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