Todos os problemas da educação reunidos em um mesmo lugar. Visões diferentes e parecidas ao mesmo tempo. Amigos e um ar de falsidade pintado por ficção. É o plano de fundo da peça dirigida por Ivam Cabral, baseada em Cidadão de Papel, livro do Gilberto Dimenstein. Os personagens usam os nomes de seus atores. E o texto foi feito a base de improvisos. Colégios como Porto Seguro e Vera Cruz e outros em bairros periféricos viraram laboratório.
Escritores e dramaturgos têm usado seu espaço para tratar do cotidiano dessa educação febril do país. Aulas muitas vezes tomadas por gritos e impaciência de professores mal remunerados e alunos desinteressados. O mundo com a sua inversão de valores e a educação cada mais vez à margem. Outro a usar um colégio como laboratório foi Santiago Nazarian. Ele freqüentou seu antigo colégio, assistiu às aulas e conversou com os alunos. Essa ficção se mistura a realidade e chama a atenção para coisas que esquecemos quando passamos da nossa adolescência. Eles procuram o que ninguém vê nas opiniões favoráveis ou não, ao sistema de cota, ao passe-livre. As questões políticas calcadas em vidas que ainda serão o futuro dessa nação.
Cidadão de Papel. 50 min. Livre. Teatro da Vila (99 lug.). R. Jericó, 256, Vila Madalena, 3258-6345. 6.ª e sáb., 20 h; dom., 18 h. R$ 20. Até 16/12
fonte: O Estado de São Paulo - Os Satyros levam diálogos à Vila
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