sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Entre os lanterninhas

Foram divulgados nesta sexta-feira os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) relacionados ao analfabetismo na América do Sul. Como já era esperado, o Brasil ficou no penúltimo lugar do ranking, mesmo com uma queda de 29,1% na taxa de analfabetismo desde 1996. Entre os países latino-americanos e caribenhos, o Brasil ocupa a 9º posição.

A situação é ainda pior no Nordeste, quando comparado com os outros estados brasileiros. Um em cada cinco nordestinos declarou que não sabe ler nem escrever. Em 2005 e 2006 a taxa brasileira de analfabetismos entre maiores de 15 anos era de, respectivamente, 11,1% e 10,4%, acima da média do grupo, de 9,95%.

Ao lado de países como Egito, Indonésia, Índia, Paquistão, Etiópia e Nigéria, o Brasil é considerado parte de um grupo prioritário pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que visa erradicar o analfabetismo até 2015.

Outro dado divulgado pela Pnad de 2006 (Pesquisa Nacional de Domicílios) revela que entre os analfabetos 32% pertencem ao grupo auto declarado branco, enquanto 67,4% são negros ou pardos. Ou seja, dos 14,4 milhões de analfabetos, 10 milhões são negros ou pardos.

Quanto ao ingresso em Universidades, entre 1996 e 2006 o número de estudantes brancos aumentou 25,8 pontos percentuais, entre a população negra este aumento foi de apenas 15 pontos percentuais.


É o abismo racial se mostrando cada vez mais profundo. E enquanto a filosofia de “governar ignorantes” existir, o Brasil continuara ocupando lugares vergonhosos e será um eterno país emergente, nunca atingindo o patamar de país civilizado.


fonte: Uol - Brasil tem segundo maior índice de analfabetismo da América do Sul

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