Quando alguém faz um ato de caridade, uma ação filantrópica e faz disso um grande anúncio acaba tornando-se autopromoção, certo?
Uma pessoa que ajuda outra e depois diz: "Nossa me sinto tão bem em ajudar". Faz isso porque gosta da sensação de sentir se bem consigo mesma ou o faz por entender que o homem deve ajudar-se mutuamente independente de qualquer coisa?
A divulgação exaustiva dessas ações só deixa claro que ninguém faz nada sem interesse.
O Mc Donalds tem o Mc Dia Feliz que arrecada parte da renda para campanha de combate ao câncer infantil mesmo comercializando alimentos altamente prejudiciais a saúde.
A Petrobrás mantém o projeto Tamar que visa à preservação das tartarugas marinhas embora tenha causado o derramamento de óleo no mar diversas vezes.
A filantropia, na maioria das vezes, é apenas uma medida paliativa para compensar erros, para apagar da memória uma imagem que ninguém quer vender e muito menos ter a culpa de comprar.
3 comentários:
Adorei!!
Esse recurso adotado por algumas instituições para 'melhorar' a imagem capitalista e individualista que possuem, afeta e denigre os projetos realmente sérios.
Defendo a propaganda das ongs que têm por objetivo apenas a melhoria social. É necessária a divulgação, e não só para conseguir colaboradores, mas para PRESTAR CONTA dos resultados que vêm sendo atingidos, comprovando assim a idoneidade da instituição.
Cabe à mídia o valor atribuído ao que está rolando no mundo.
(mas isso é um assunto mais complexo e já tratado em post anterior).
Sucesso!
Parabéns pelo blog!
Também sou muito cético em relação a esses programas "pilantrópicos". Pode ser que eu esteja sendo injusto com a infinita boa vontade da Rede Globo com o Criança Esperança, do profundo sentimento solidário de Silvio Santos com o Teleton, ou até mesmo com os milagres da Empresa Universal do Reino de Edir Macedo, mas, sinceramente, neste caso prefiro ser injusto que ingênuo. Além do mais, se eu estiver errado é só pedir desculpas. Eles são tão generosos, não vão guardar rancor...
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